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1) A técnica de colocação de implantes envolve normalmente três etapas distintas: a fase cirúrgica ( colocação dos implantes propriamente ditos), a fase de reabertura (exposição dos implantes) e confecção da prótese.

2) Na primeira fase, a cirurgia ocorre em ambiente apropriado, com roupas e instrumental esterilizados de acordo com a técnica adequada. Não há a possibilidade real de impedir-se totalmente o contato de bactérias com o campo cirúrgico, pois a boca é local normalmente habitado por bactérias e a respiração do paciente por si só traz novos germes do ambiente externo para o meio cirúrgico. Para evitar riscos maiores de infecção pós-operatória os seguintes procedimentos são adotados:

a) antibioticoterapia prévia e após a cirurgia;
b) enxágue da boca com anti-sépticos potentes (clorexidina 0,12%);
c) limpeza da face.

3) A primeira fase é uma cirurgia de pequeno a médio porte, para os padrões odontológicos, mas sua real extensão, inclusive em termos de duração depende basicamente de quantos implantes serão inseridos. Este é um procedimento bastante comum em todos os países do mundo e não têm sido relatados problemas pós-operatórios dignos de nota, mas não são impossíveis de ocorrerem, a despeito de todo o cuidado tomado no preparo e durante o ato operatório.

4) A anestesia é local, mas para evitar-se estados de ansiedade que prejudicam o desenrolar da cirurgia podem ser administradas drogas previamente à cirurgia. O uso de ansiolíticos, na dosagem adequada ao paciente, é muito recomendável, inclusive por permitir uma redução na dosagem de anestésicos durante a cirurgia.

5) O pós-operatório é normalmente muito bom, bastante melhor que outras cirurgias bucais de mesmo porte. Podem ser ministrados antiinflamatórios e analgésicos nesse período como maneira de reduzir a dor, edema da área e outros inconvenientes típicos de cirurgias realizadas na boca. Raramente ocorrem problemas pós-operatórios, como hemorragias, hematomas, dor acentuada e infecção pós-operatória. Na eventualidade da ocorrência destes eventos, o melhor tratamento possível será dispensado, com o uso de drogas e meios físicos de redução destes sintomas, como compressas, etc.

6) É fundamental que o paciente siga à risca as instruções do profissional. Um antibiótico, por exemplo, pode causar mais danos que benefícios, se não ingerido na dose e períodos adequados.

7) O paciente ficará sem usar a prótese por um período que pode ir de 2 a 7 dias, dependendo do tipo de prótese e do edema pós-operatório. O reajuste periódico é uma medida importante para diminuir o desconforto do paciente.

8) A segunda cirurgia, para a exposição dos implantes, ocorre sempre de 4 (mandíbula) a 6 (maxila) meses após a primeira. Período este suficiente para uma boa cicatrização do osso ao redor dos implantes.

9) A segunda cirurgia, envolve menores riscos que a primeira, mas os cuidados são os mesmos. Ao reabrir o campo, pode ocorrer que um ou mais implantes estejam perdidos. Este é um fato raro: vários estudos indicam que menos que 5% dos implantes são perdidos nesta fase, embora em certas áreas, como a região posterior superior (maxila), estes índices sejam maiores. Mesmo assim, os implantes podem ser colocados imediatamente, a critério do profissional, ou em etapa posterior.

10) A cicatrização nesta etapa é bastante previsível com menores riscos que na fase anterior. É basicamente uma cicatrização gengival., bastante importante para o sucesso estético das próteses. O paciente deve seguir atentamente as instruções de higienização. Eventualmente pode passar mais algum período sem usar as próteses até a completa cicatrização.

11) A partir da cicatrização gengival são confeccionados os elementos protéticos. O paciente deve ter em mente que os implantes, por melhores e mais confiáveis, ainda assim não representam a recuperação funcional e estética total dos pacientes. Não podem, pelo fato de serem artificiais, restituir completamente todas as funções que os dentes naturais exerciam, se em bom estado. Existe uma evolução técnica constante para a confecção de próteses suportadas por implantes, mas ainda assim são próteses, ou seja, elementos artificiais para a substituição de dentes naturais.

12) O maior problema dos implantes é estético, pelo fato do tecido ósseo sofrer reabsorção quando o dente é extraído. O comprimento dos dentes é portanto, salvo algumas exceções, maior nos implantes que nos dentes naturais. Este problema tem sido solucionado atualmente com novas técnicas cirúrgicas e protéticas.

13) O melhor teste estético deve ser feito abrindo-se os lábios como que em sorriso amplo. As próteses sobre implantes observadas com os lábios inteiramente tracionados apresenta um aspecto que não será observado em nenhuma situação usual da vida do paciente.

14) Toda a prótese, pelo fato de exercer forças significativas na mastigação de alimentos diversos, é sujeita a desgastes, fraturas de dentes e descolorações. Nos implantes há ampla possibilidade de trocas de dentes e componentes, muitas vezes feitas na mesma consulta do relato do problema. O paciente deve tomar cuidado com os dentes das próteses, evitando alimentos excessivamente duros. O fumo também propicia rápida alteração da cor nos dentes, assim como em dentes naturais, além disso o paciente fumante corre maior risco para a perda do implante tanto na primeira fase cirúrgica quanto ao longo do tempo. Pode haver alguma demora na readaptação fonética, especialmente se o paciente usava uma prótese total antes da execução das próteses fixas suportadas por implantes.

15) Normalmente as próteses levam de 4 a 6 sessões para serem executadas, mas não envolve riscos maiores nem problemas pós-operatórios. A presença de dor nos implantes, nesta fase, deve ser comunicada prontamente ao profissional.

16) Após a colocação da prótese, um ou mais implantes podem ser perdidos. A perda do implante pode não significar a perda da prótese se esta estiver ancorada em outros implantes.

17) O controle de placa bacteriana deve ser feito ao redor dos implantes assim como é realizado nos dentes naturais. O paciente deve seguir atentamente as instruções deste particular.

18) Há a necessidade de controle periódico de próteses sobre implantes, pelo menos uma vez ao ano, para reaperto ou troca de parafusos, aperto de clips de retenção, troca de dentes, etc. além de acompanhamento radiográfico. Este tempo pode ser encurtado dependendo da complexidade da prótese. Há necessidade absoluta deste retorno periódico preventivo.